segunda-feira, 22 de março de 2010

Minerais





Os mineirais são corpos sólidos com estrutura cristalina, naturais, inórganicos e com composição definida ou variável dentro de certos limites.


- Inorgânicos: excluem-se substâncias orgânicas, isto é, compostos de C e H. O âmbar, por exemplo, que é uma resina fóssil, é um composto orgânico que foi produzido por plantas no passado e, por isso, nao é um mineral.


- Composição quimica definida: a composição de um mineral deve ser sempre a mesma, ou seja, um mineral deve ser formado pelos mesmos elementos, combinados nas mesmas proporções. Existem, no entanto, alguns desvios, pois em certos minerais, devido a semelhança de caracteristicas de algumas particulas, átomos ou iões, elas podem intersubstituir-se em proporções variáveis.


- Sólido e cristalino: as particulas apresentam um arranjo ordenado. A água e o mercurio, que nas condições normais de pressão e temperatura são liquidos, não são considerados minerais. Já o gelo de um glaciar pode ser considerado um mineral.


-Natural: na formação dos minerais não há intervenção humana.



domingo, 21 de março de 2010

Rochas magmáticas



As rochas magmáticas resultam da consolidação do magma, podem dividir-se em rochas plutónicas ou intrusivas, quando o magma consolida em profundidade, e rochas vulcânicas ou extrusivas, quando o magma consolida à superfície.







Fósseis

Os fósseis são restos de seres vivos ou vestígios de atividades biológicas (ovos, pegadas, etc.) preservados nos sistemas naturais. Entende-se por "sistemas naturais" aqueles contextos em que o processo de preservação não resulta da ação antrópica, podendo o fóssil ser preservado em sedimentos, rochas, gelo, piche, âmbar, solos ou cavernas. Preservam-se como moldes do corpo ou partes do próprio ser vivo, seus rastros e pegadas. A totalidade dos fósseis e sua colocação nas formações rochosas e camadas sedimentares é conhecido como registo fóssil. A ciência que estuda os fósseis é a Paleontologia.

Processos de fossilização:

-Mumificação ou conservação
A mumificação é o mais raro processo de fossilização. Pode ser:
-Total - quando o ser vivo é envolvido por uma substância impermeável (por exemplo: resina, gelo) que impede a sua decomposição.
-Parcial - quando as formações duras (carapaças, conchas, etc) de alguns organismos permanecem incluídas nas rochas por resistirem à decomposição.

-Mineralização
Consiste literalmente na substituição gradual dos restos orgânicos de um ser vivo por matéria mineral, rocha, ou na formação de um molde desses restos, mantendo com alguma perfeição as características do ser. Ocorre quando o organismo é coberto rapidamente por sedimento após a morte ou após o processo inicial de deterioração. O grau de deterioração ou decomposição do organismo quando recoberto, determina os detalhes do fóssil, alguns consistem apenas em restos esqueléticos ou dentes; outros fósseis contêm restos de pele, penas ou até tecidos moles. Uma vez coberto com camadas de sedimentos, as mesmas compactam-se lentamente até formarem rochas, depois, os compostos químicos podem ser lentamente trocados por outros compostos. Ex.: carbonato por sílica.

-Moldagem
Consiste no desaparecimento total das partes moles e duras do ser vivo, ficando nas rochas um molde das suas partes duras. O molde pode ser:
-Molde externo - quando a parte exterior do ser vivo desaparece deixando a sua forma gravada nas rochas que o envolveram.
-Molde interno - os sedimentos entram no interior da parte dura e quando esta desaparece fica o molde da parte interna.

-Marcas
É o tipo de fossilização mais abundante em que permanecem vestígios deixados pelos seres vivos, uma vez que é o mais fácil e simples de ocorrer. Exemplos de marcas podem ser: pegadas e ovos de animais.


Movimentos em massa- Derrocada em Frades

Designam-se por movimentos em massa quaisquer movimentações de rochas numa superfície inclinada, induzido principalmente pela gravidade. Os movimentos de massa são eventos erosivos muito importantes. Como tal, são altamente modeladores da superfície terrestre, isto é, da paisagem. Por vezes as consequências para o Homem são desastrosas, provocando ocasionalmente catástrofes. No ano de 2000 em frades, aldeia pertencente ao concelho de Arcos de Valdevez ocorreu um desabamento de terras. Esta derrocada provocou a morte de quatro pessoas e destruiu por completo cinco moradias. Esse acontecimento deu-se devido a um desgaste mais ou menos lento e gradual do solo e à sua saturação de água (não escoamento das águas ao longo da vertente) causado por elevadas precipitações, num longo período de tempo. Por outro lado, a pouca vegetação arbórea e o tipo de rochas presentes neste local contribuíram também para este movimento de terras. Na imagem podemos observar a cratera, no cimo do monte, que terá sido aberta pela força das águas e o percurso por elas descrito até ao centro da localidade.
Fig. Derrocada em Frades

Visita a Serra d'Arga- Meterorização do granito e formação de caos de blocos

Numa visita á Serra d’Arga tivemos a oportunidade de observar a meteorização do granito e a formação de caos de blocos. Toda a região envolvente é de natureza essencialmente montanhosa. Os seus vales profundos suportam a bacia hidrográfica do rio Lima, o rio Estorão, que desagua no rio Lima. Os granitos alcalinos de grão grosseiro contêm duas micas. È uma área de numerosos filões, alguns dos quais mineralizados. Na Serra d’Arga o granito aflora a superfície devido à remoção, pela erosão, das rochas suprajacentes, o que provoca uma descompressão, que permite a abertura das fracturas existentes e inclusivamente, o aparecimento de novas, formando-se uma rede de diáclases. Estas, vão permitir a infiltração e circulação de águas das chuvas, que por sua vez, iniciam o ataque químico e mecânico do maciço rochoso, o que leva a uma gradual desagregação. Esta desagregação, provocada por alterações físicas e químicas das rochas, toma a designação de meteorização. Este fenómeno resulta do facto das rochas se encontrarem submetidas a condições ambientais, de pressão e temperatura, muito diferentes daquelas em que ocorreu a sua génese; expostas à acção de agentes atmosféricos (atmosfera oxidante, precipitação, humidade, ventos, etc).

Erosão Litoral

Uma das principais causas da erosão é a subida do nível do mar, contudo existem outras, tais como a construção em zonas costeiras e o derrube das dunas. As variações do nível do mar, designadas por transições e regressões, fazem parte das transformações da terra, contudo, algumas dessas variações são provocadas por modificações climáticas, estimuladas pelo homem. Esta é, sem dúvida, a principal causa , uma vez que o aquecimento global provocado pelo homem desde a revolução industrial, tem gerado uma expansão térmica do oceano e a fusão de massas de gelo. Outra causa desta grande erosão é a construção desenfreada existente por todo o litoral.


Consequências:


Quem mais sofre com a erosão são as falésias e as dunas, sendo que estas últimas ficam submetidas à construção de estruturas fixas e ao seu desmantelamento. Na maioria, todas as praias desta região perderam espessura, deixando em suspensão certas construções, aumentando o declive das praias e diminuindo a sua extensão. Apesar de tudo, ainda é possível detectarem-se casos contrários, apesar de serem raros: casos em que a quantidade de areia aumentou, ou então não ocorreu qualquer dano.


A erosão costeira tem, ainda, outras consequências: a salinização dos aquíferos costeiros e o assoreamento de lagunas e estuários.
Ano após ano, vamos tendo notícia do desaparecimento de praias que o mar leva.
Torna-se, pois, importante efectuar um bom ordenamento do território, de modo a que se consiga manter a nossa costa livre de danos de maiores dimensões.
Fig. 1 Torres de ofir em perigo de ruir

Rochas Sedimentares


Rochas sedimentares são compostas por sedimentos carregados pela água e pelo vento, acumulados em àreas deprimidas. Correspondem a 80% da área dos continentes e é nelas que foi encontrada a maior parte do material fóssil.


Formam-se por três processos principais:


-pela deposição (Sedimentação) das partículas originadas pela erosão de outras rochas (conhecidas como rochas sedimentares clásticas);


-pela precipitação de substâncias em solução;


-pela deposição dos materiais de origem biogénica (de materiais produzidos pelos seres vivos, quer de origem química ou detrítica).


Divididem-se respectivamente em:


-Detríticas
-Quimiogénicas
-Quimiobiogénicas


As rochas detríticas podem ser:


-Consolidadas - se os detritos apresentam-se ligados por um cimento;
-Não consolidadas - se os detritos não estão ligados entre si.